LÍQUEN PLANO ORAL: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO
Lima MR, Hoffmann SMS, Studzinski MS, Passoni GNS
Resumo
O Líquen Plano Oral é classificado como uma patologia mucocutânea de caráter inflamatório crônico, sua etiologia ainda desconhecida, porém, sabe-se que sua patogênese é bem explicada, estudos mostram que linfócitos T citotóxicos induzem apoptose dos queratinócitos da camada basal levando ao processo inflamatório crônico, por isso é denominada como uma doença autoimune. O presente estudo tem como objetivo mostrar o diagnóstico e os tratamentos disponíveis mais recentes do Líquen Plano Oral na odontologia. Para isso, realizou-se uma revisão bibliográfica tendo como base, livros e artigos científicos correspondentes ao período de 2010 e 2021, encontrados em plataformas online como (Scientific Eletronic Library On-line) Scielo, PubMed, Lilacs e Google Acadêmico em português, inglês e espanhol. Alguns fatores externos e internos podem estar associados em seu desenvolvimento como vírus (Hepatite C), medicamentos, materiais restauradores (amálgama), predisposição genética e transtornos psicológicos (estresse, ansiedade e depressão) que podem causar alterações fisiológicas no sistema imunológicos, levando ao surgimento ou agravamento de doenças autoimunes como o Líquen Plano Oral. Na mucosa bucal o Líquen Plano Oral pode se apresentar em 6 formas clínicas, reticular, erosivo, atrófico, placas, papular e bolhoso. Segundo a Organização Mundial da Saúde o Líquen Plano Oral possui um potencial de se tornar maligno, porém ainda é um assunto muito debatido na literatura, gerando muita controvérsia. Seu tratamento pode ser pela via farmacológica e não farmacológica. O tratamento farmacológico de primeira escolha serão os corticoides e como segunda opção, os inibidores de calcineurina. O tratamento não farmacológico vem sendo mais utilizado mais recentemente e irá envolver o uso do laser de baixa potência e a ozônioterapia
Palavras-chave
Submitted date:
09/28/2021
Reviewed date:
10/27/2021
Accepted date:
02/13/2022